A vacina, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com uma empresa farmacêutica chamada AstraZeneca, demonstrou levar a uma resposta imunológica contra o Kovid-19 em pessoas com mais de 60 anos de idade. O resultado amplia a esperança de que o sistema imunológico seja capaz de proteger aqueles em idade mais vulnerável ao coronavírus.
Os pesquisadores dizem que a segunda fase de testes com 560 adultos saudáveis foi “encorajadora” em um artigo na revista científica The Lancet.
Atualmente, a chamada “vacina Oxford” está na 3ª fase de testes, durante a qual avança o impacto e a segurança de dezenas de voluntários, a maioria deles analisados no Brasil.
Espera-se que os resultados preliminares sobre a eficácia deste imunizador sejam divulgados nas próximas semanas.
Essa vacina Oxford / Astrogenica é a principal aposta do Brasil entre vários candidatos emergentes.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fechou convênio com a AstraZeneca para transferência de lotes e tecnologia que permitirão a produção de vacinas no Brasil no início de 2022.
O acordo prevê a entrega de 15 milhões de doses até dezembro de 2020 e outras 15 milhões até janeiro de 2022. Esse montante é suficiente para dar imunidade a 15% da população brasileira. Então, mais de 70 milhões de doses são produzidas, com um custo unitário de cerca de US $ 12.
Ainda é baseado nos resultados da Fase 3 e está sendo analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) até sua distribuição no Brasil.
Coronawak é mais uma aposta do país, desenvolvida pela empresa chinesa de aipo Sinovak. A parceria com o Button Institute já resultou na produção de 46 milhões de doses ainda este ano, mas os estudos são semelhantes aos da Oxford / Astrogenica.
Essas duas grandes apostas na imunidade no Brasil estão atrás dos outros três candidatos: Pfizer / BioMtech, Moderna e Sputnik (Gamaleya).
Candidato anterior à parceria Pfizer / BioMTech, que já apresentou resultados consolidados da 3ª etapa de testes, representando 94% de eficácia contra coronavírus incluindo idosos.
Ou seja, dos 170 casos de Kovid-19 registrados entre voluntários, 162 receberam placebo (inativado) e 8 foram vacinados. Os farmacêuticos da semana devem solicitar uma autorização oficial para entrega esta semana.
O moderno Sputnik americano e russo – negociando vendas de 50 milhões de doses para estados brasileiros como Parane – também apresentou resultados efetivos superiores a 90%, mas são apenas dados básicos da Fase 3. Pode pedir endosso para distribuição apenas com resultados consolidados.
Também não há acordo formal entre o governo federal ou qualquer estado com a Pfizer / BioMtech, Moderna ou Sputnik. Mas a participação do Brasil em um consórcio internacional deve dar acesso ao imunizador da Moderna.
O que sugerem os estudos “Oxford Vaccine”?
O desafio de desenvolver uma vacina contra o Kovid-19 é que o corpo responde ao vírus independentemente da idade da pessoa.
Em geral, um sistema imunológico enfraquecido em idosos sugere que as vacinas podem não funcionar em pessoas jovens.
Os resultados desses testes na Universidade de Oxford, que foram revisados por outros cientistas no Lancet, sugerem que isso pode não ser um problema com o imunizador.
Eles mostram que adultos de 56 a 69 anos e mais de 70 têm uma resposta imune em comparação com jovens de 18 a 55 anos.
Maheshi Ramasamy, pesquisador do Oxford Vaccine Group, disse: “Nossa vacina não é apenas bem tolerada em idosos, mas também induz respostas imunológicas semelhantes às observadas em jovens voluntários.
Duas semanas após a segunda dose, mais de 99% dos participantes estavam neutralizando as respostas de anticorpos. Isso inclui pessoas de todas as idades.
Resposta das células T – outra medida de quão bem o sistema imunológico responde – duas semanas após a primeira dose da vacina, independentemente da idade.
“As fortes respostas de anticorpos e células T (parte das defesas do corpo) encontradas em idosos em nosso estudo são encorajadoras”, disse Ramasamy.
“A população de alto risco para a doença aguda de Kovid-19 tem problemas de saúde pré-existentes (comorbidades) e idosos. Isso significa que esperamos que nossa vacina ajude a proteger as pessoas mais vulneráveis da sociedade, precisamos de mais estudos antes de podermos ter certeza.”
Os idosos também têm menos probabilidade de apresentar efeitos colaterais da vacina, que geralmente são leves, como dores no braço.
O estudo, publicado no The Lancet, nem mesmo apontou sérios problemas de segurança relacionados à vacina, cujo nome técnico é ChAdOx1 nCov-2019.
Os voluntários do estudo foram divididos em grupos. Parte recebeu uma ou duas doses da vacina e outra parte recebeu placebo.
A reação do sistema imunológico foi avaliada no dia em que receberam a injeção e, então, uma, duas e quatro semanas após a aplicação das duas doses.
A “vacina Oxford” é feita a partir de uma versão mais fraca do vírus do resfriado comum do chimpanzé (conhecido como adenovírus), que foi modificado para evitar que se desenvolva em humanos.
O trabalho com a vacina começou em janeiro e foi desenvolvido em três meses, com testes em humanos começando – os primeiros na Europa – em abril, em Oxford.
O teste de fase 3 da vacina, que avalia sua eficácia na proteção de pessoas contra o Kovid-19, começou no final de agosto e ainda está em andamento. Dezenas de voluntários estão no Brasil.
Quando os dados desse estágio são enviados aos reguladores, revisados e aprovados, a vacina pode receber luz verde para uso em todo o mundo. Mas cada país tem seus próprios critérios de aprovação.
Previsões sobre reunião familiar durante o Natal
A notícia comovente sobre as vacinas veio durante um debate no Reino Unido sobre se as pessoas deveriam poder ver suas famílias no Natal.
Andrew Howard, diretor do Instituto de Epidemiologia e Saúde da University College London e membro do Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências do governo, disse à BBC que as reuniões familiares durante o Natal representam “riscos significativos”.
“Podemos proteger esses idosos que amamos, vacinando-os.” Segundo ele, “É triste jogar fora esta oportunidade tentando voltar ao normal durante as férias.”
Para Howard, “Minha opinião pessoal é que estamos colocando muita ênfase no Natal quase comum.”
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